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  • 22 de janeiro de 2018

    Ciência. Obediência. Comida. Muito arroz com feijão. Se em Sochi 2014 o bobsled brasileiro apenas fez número, ficando em penúltimo lugar entre 30 países, nos Jogos de PyeongChang os dois trenós classificados vão em busca do melhor resultado da história em Olimpíadas de Inverno. Na semana passada, o Brasil se garantiu no 4-man e no 2-man, coroando um planejamento de quatro anos que não visa apenas manter o país no cenário da modalidade, mas também evoluir a ponto de brigar de igual para igual com as grandes potências, o que eles prometem fazer em menos de duas semanas na Coreia do Sul. Durante o ciclo olímpico, o Brasil chegou a alcançar o 17º lugar no 4-man e fechou a classifcação em 21º.

    Para chegar ao mesmo patamar de países como Letônia e Estados Unidos, a comissão técnica “reconstruiu os corpos” de Edson Bindillati, Odirlei Pessoni, Erick Vianna, Rafael Souza e Edson Martins. Eles ganharam fisioterapeutas, preparadores físicos, nutricionistas e massoterapeutas. No cardápio, passaram a ingerir até 10 mil calorias por dia. O objetivo? Torná-los mais musculosos, mas sem perder velocidade e explosão. A “mágica” deixou o time brasileiro quase 15kg mais pesado, praticamente tudo em massa magra, e o trenó mais leve, já que agora eles carregam pouco menos de dez quilos para cumprir os 630kg máximos do four man. Ou seja, ao invés dos “levinhos” se desdobrarem para empurrar o equipamento, desta vez os fortões aceleram mais fácil e depois ganham mais velocidade dentro da máquina. Física pura.

    – É uma covardia a comparação. Evoluímos demais de 2013 para cá. Melhorou o treinamento, logística. Antes era bagunçado. Hoje é dinâmico. Hoje temos tablets para visulizar as curvas, olhar depois onde erramos para evoluirmos. Temos as melhores lâminas. Em Sochi eram duas apenas, agora serão oito em PyeongChang. Evoluí no conhecimento do esporte. Na parte técnica, na pilotagem – conta Bindilatti, piloto brasileiro e que chega na Coreia do Sul a sua quarta Olimpíada.

    O efeito disso foi facilmente visto na pista de Lake Placid, nos Estados Unidos, onde a equipe ficou quatro meses treinando para conquistar a vaga olímpica e onde a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo fechou parceria com o time americano. Em 2013, a seleção terminava o circuito em 1min02s. Atualmente, bate na casa dos 56s. Seis segundos mais rápidos, eles melhoraram o desempenho em 10% em quatro anos, algo improvável para o esporte. Todo o trabalho foi desenvolvido no ciclo Sochi/PyeongChang e ganhou um reforço de peso na temporada passada, quando a seleção passou a treinar no Núcleo de Alto Rendimento de São Paulo, onde ficaram internados por quatro meses antes de viajarem para os Estados Unidos no segundo semestre.

    – Os atletas já eram muito velozes. Precisavámos aumentar a velocidade deles ainda mais, mas queria que eles se tornassem velozes enquanto empurravam o trenó. Foi feito um trabalho para que eles conseguissem movimentar cargas altas em velocidade. O aumento da massa aumenta o torque e a velocidade. E o momento de velocidade dentro do carro também. O trenó precisa ser composto por atletas pesados – explica Irineu Loturco, preparador responsável pelo Núcleo.

  • 22 de janeiro de 2018

    A seleção brasileria de bobsled se preparou como nunca para os Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul, no próximo mês. E contou com muita ajuda do NAR-SP.

  • 18 de janeiro de 2018

    Montanhas brancas cobertas de neve e grandes pistas de gelo não fazem parte do cenário brasileiro. Mesmo assim, apesar da total falta de tradição em esportes de inverno, a seleção masculina de bobsled conquistou duas vagas para os Jogos Olímpicos de PyeongChang, no próximo mês. E para quem acha que a participação do Brasil no evento será irrisória, o piloto dos trenós de dois e de quatro, Edson Bindilatti, garante que o time é competitivo.

    – A gente não está indo lá para passear, a gente não está indo lá para brincar. A gente está indo para brigar por medalha. Se você entra em uma competição sem pensar em medalha, você já entra perdendo. Sabemos como é difícil, mas sabemos também que temos condições físicas e técnicas para buscar uma medalha olímpica. A dificuldade é gigantesca, sabemos que há grandes times, excelentes equipes, e vai depender do dia, de como está o gelo, como está a pista, a temperatura, se nosso trenó e nossas lâminas vão estar adaptados à temperatura do gelo. Há muitos fatores envolvidos para uma vitória, uma medalha, um bom resultado, mas a gente não está indo para brincar nem para passear, não, a gente está indo para fazer história para o Brasil — cravou o piloto da seleção brasileira.

    A seleção de bobsled terá o próximo fim de semana para aproveitar com as respectivas famílias e, na segunda-feira, os atletas voltam a treinar no Núcleo de Alto Rendimento (NAR), no bairro de Santo Amaro, em São Paulo. A intenção é viajar para a Coreia do Sul em 1º de fevereiro.

  • 3 de janeiro de 2018

    O Laboratório do GE e o NAR-SP revelam os motivos pelos quais Thiago Braz conquistou o ouro no Rio.

  • 18 de dezembro de 2017

    As iniciativas dos professores das redes públicas de ensino de todo o país foram reconhecidas hoje (18) no 10º Prêmio Professores do Brasil, organizado pelo Ministério da Educação (MEC). A cerimônia de entrega da premiação aconteceu na Sala Mário de Andrade, na Praça das Artes, no centro da capital paulista.

    Durante a cerimônia também foram premiados cinco professores em cada uma das categorias temáticas especiais. Com a temática O esporte como estratégia de aprendizagem, o prêmio será uma visita ao Núcleo de Alto Rendimento Esportivo de São Paulo para vivenciar a rotina de treino, interagir com atletas de renome nacional e participar de uma oficina de capacitação esportiva.

  • 19 de novembro de 2017

    Projeto Tóquio: Conheça a rotina de treinos do velocista paralimpico Petrúcio Ferreira.

  • 11 de novembro de 2017

    No fim de semana da despedida de Popó do ringue, único brasileiro que já foi campeão mundial e ainda está em atividade, Róbson Conceição, ouro na Olimpíada do Rio, disse estar bem perto de disputar o cinturão. Ele, que se profissionalizou ainda em 2016, logo após a conquista inédita, tem um cartel de cinco vitórias em cinco lutas disputadas. O próximo rival ainda não está definido, mas será em fevereiro.

    – Eu venho treinando forte, em um nível altíssimo, para na hora que marcarem o adversário, eu ir para cima. Com certeza muito em breve (vou disputar o cinturão). Já poderíamos ter lutado pelo cinturão, mas eu e minha equipe optamos por fazer um trabalho mais calmo, mais pelas beiradas. Lutaremos pelo cinturão no momento certo e na hora certa – disse.

    Nesta semana, Robson voltou ao Núcleo de Alto Rendimento, o NAR, em São Paulo. Ali, ele havia também feito parte da preparação para os Jogos do Rio de Janeiro.

  • 4 de novembro de 2017

    Eles não querem mais ser conhecidos como o exótico grupo de um país tropical que tenta a sorte nos Jogos Olímpicos de Inverno. O time brasileiro de bobsled — formado por seis homens e três mulheres — tenta pela quarta vez uma vaga na competição e nunca esteve tão bem na modalidade. A preparação, segundo a equipe, melhorou em tempo e intensidade. O quarteto masculino, por exemplo, terminou 2016 em 17º no ranking mundial, uma colocação histórica. O otimismo é tão grande que a classificação para PyeongChang, na Coreia do Sul — sede da competição — é considerada como certa.

    “Pode parecer pretensão demais falar isso, mas já contamos com a vaga”, afirma José Eduardo Moraes, técnico do Time Brasil. O quarteto e a dupla masculinos e a dupla feminina começam a disputar neste sábado (4/11), em Whistler, no Canadá, as duas primeiras etapas da Copa América de bobsled. Depois, vão para Calgary (Canadá), Park City (Estados Unidos) e Placid Lake (EUA), cada uma com duas etapas. Os torneios servem para acumular pontos no ranking de classificação para os Jogos Olímpicos. E os brasileiros têm chances nas três categorias, muito por causa da preparação de quatro meses feita no Núcleo de Alto Rendimento de São Paulo (NAR-SP). Assim, o país poderá participar da quarta olimpíada. Antes, disputou Salt Lake City (2002), Turim (2006) e Sochi (2014) — na última, como o quarteto masculino e a dupla feminina.

  • 2 de novembro de 2017

    Antes de entrarem para a seleção brasileira de bobsled, Jacque era saltadora, enquanto Sally competia nos 100m rasos. Convocadas por Edson Bindilatti – experiente líder do time masculino de bobsled -, a dupla teve quer aumentar a carga de treinamentos físicos para se adaptar à nova modalidade. Só o trenó utilizado na competição pesa 170kg, e para empurrá-lo é necessária uma intensidade maior nos membros superiores.

    – Quando competíamos no atletismo, éramos mais magras. Agora, fazemos um treinamento de força, principalmente membros superiores. A velocidade, já treinávamos, mas agora temos que treinar a força. O trenó em si pesa 170kg, e temos que ficar colocando em cima de caminhão, tirando, empurrando, é um peso que temos que estar bem treinados para carregar – disse Sally.

    Em agosto, a Confederação Brasileira de Desportos de Gelo (CBGD) inaugurou a primeira pista para o treino do bobsled no Brasil, localizada no Núcleo de Alto Rendimento de São Paulo (NARSP). Projetada por Odirlei Pesson, do time masculino, a pista tem como principal função facilitar o treinamento para o arranque. Segundo Sally, a estrutura não deve em nada às principais seleções do mundo e trará bons frutos para o Brasil em competições futuras.

  • 22 de outubro de 2017

    Velocidade ganha destaque em todos os esportes – e atletas precisam se adaptar.