Quando escrevo este texto, estamos a dias dos Jogos, o clima de torcida começa a tomar conta do brasileiro e eu me pego pensando: “Como cobrar medalhas se o Brasil não oferece apoio? Se vivemos no país do futebol e apenas do futebol? O que sobra para outros esportes”.
Só para você ter uma ideia, há atleta de ponta na corrida e que vai competir no Rio com um salário de R$ 4.000 mensais do clube. Se tiver uma marca esportiva por trás, leva mais uns R$ 3.000 ou R$ 4.000. Se defende o exército, mais R$ 4.000. Pode não ser pouco para o Brasil, mas falamos do cara que está entre os melhores. Pelo que apurei, corredor que chegou ao topo pode ganhar R$ 20.000 de salário por mês, isso enquanto jogador do Corinthians, em início de carreira, que nem escalado para ficar no banco de reservas é, tem salário superior a R$ 40.000.
E o empresariado? Qual o papel das empresas no desenvolvimento do esporte no Brasil? Contamos nos dedos casos de sucesso, como o NAR – Núcleo de Alto Rendimento feito pela família Diniz. Mas é pouco, é irrisório. Não podemos cobrar nada dos atletas. Só sonhar com casos de superação, apesar da falta de apoio.
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