O Brasil saiu dos Jogos de Londres com um novo ídolo. Aos 20 anos, o velocista Alan Fonteles havia desbancado o badalado Oscar Pistorius, era a nova cara do atletismo paraolímpico do Brasil.
Quatro anos depois, Fonteles mostrou na pista o peso que uma conquista como essa pode trazer. Passou por um período sabático, ficou distante da melhor forma física, fez treinos ruins. O resultado se viu no Engenhão: não obteve medalhas em provas individuais.
As pistas, no entanto, não ficarão órfãs. O Brasil sai dos Jogos do Rio com um novo ídolo, que corre para se tornar o mais veloz atleta paraolímpico da história.
Petrúcio Ferreira tem 19 anos e bateu dois recordes mundiais em dois dias. Levou o ouro da classe T47 (atletas com deficiências em membros superiores) com 10s57.
O velocista não tem parte do antebraço direito. Sofreu um acidente com uma máquina de moer capim quando tinha dois anos.
Para os leigos, parece uma deficiência pequena. Afinal, ele corre com as pernas. Mas para um corredor, o trabalho dos membros superiores também é importante. Atingir uma boa performance sem um deles (ou sem os dois) exige muito treino e controle corporal.
Preste atenção quando você corre. Cada vez que ergue uma perna para fazer a passada, tende a jogar para a frente o braço do lado oposto.
Segundo Irineu Loturco, doutor em treinamento esportivo e diretor técnico do NAR (Núcleo de Alto Rendimento), isso acontece para gerar estabilidade na corrida.
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